domingo, 9 de outubro de 2016

Ângulo de Visão



PORQUE É QUE O TAMANHO DO SENSOR IMPORTA?

O tamanho do sensor da imagem tem impacto na distância focal efectiva de uma objectiva e, consequentemente, no angulo de visão. A distância focal serve de guia para o angulo de visão. Mas as camaras com sensores menores captam uma área menor de imagem projectada pela objectiva. Isto significa que as distâncias focais mais curtas são necessárias para assim obter o mesmo angulo de visão.

FULL FRAME - Estes sensores têm as mesmas proporções de um frame de filme de 35mm e captam a visão total com objectivas compatíveis.

APS-C - Sendo x1.5 ou x1.6 mais pequeno do que um sensor Full Frame, um sensor APS-C oferece uma visão mais estreita com a mesma objectiva.

QUATRO TERÇOS - Estes sensores têm metade do tamanho de um sensor Full Frame. Uma objectiva 50mm numa câmara Quatro Terços oferece um angulo de visão equivalente ao de uma objectiva 100mm numa reflex Full Frame.

O ângulo de visão é uma medida que determina o quanto de uma cena ou de um assunto uma objectiva pode registar. Expresso em graus, o ângulo de visão pode ser medido horizontalmente, na vertical ou na diagonal ao longo da imagem. A distância focal é a chave: objectivas com distâncias focais maiores oferecem uma visão mais reduzida, Pode, é claro, mover a câmara para mais longe a fim de trazer mais de uma cena para a imagem ou mover para mais perto, de forma a conseguir um registo mais aproximado - ou ficar onde está e ajustar o zoom -, mas o ângulo de visão para o comprimento focal escolhido não muda. O que se altera é a relação entre os objectos na imagem se se mover no terreno. Dê um passo em frente com uma objectiva grande-angular e continuará a captar mais do plano de fundo em comparação com o restante assunto da sua foto. Uma objectiva longa continuará a registar uma parte muito menor do plano de fundo em relação ao assunto à medida que se distancia.

Quando os fotógrafos especulam acerca da distância focal de uma objectiva, eles referem-se ao ângulo de visão da câmara, aquele que determina como uma cena pode ser captada e composta. Objectivas longas com distâncias focais de 200mm, 300mm, 400mm ou mais, oferecem ângulos de visão estreitos, que tornam mais fácil o isolamento dos detalhes dentro de uma cena maior.
A desvantagem de ter um ângulo de visão de apenas alguns graus é que se torna fácil perder a noção do um assunto; uma ligeira mudança na posição da câmara pode ter um efeito dramático sobre qual a área a ser cristalizada pela objectiva. Este problema é agravado se estiver a seguir um assunto em movimento - alguém que já tentou fotografar pássaros a voar a uma grande velocidade com uma objectiva de 60mm compreenderá o que está a ser dito!
As objectivas grande - angular invertem este problema. Os comprimentos focais na ordem dos 16-35mm são capazes de sugar uma grande quantidade de cena numa fotografia e, consequentemente, tornar-se mais fácil enquadrar inicialmente o disparo e recompor rapidamente. A desvantagem de ter um ângulo de quase 100 graus é que se torna muito mais propício o aparecimento de distrações no frame; além disso, acaba por ser mais desafiante fazer com que um objecto se destaque no "ruído".
Fique a saber que se pode explorar as características de diferentes ângulos de visão de forma criativa. Por exemplo, aproximar-se com com uma objectiva grande - angular significa que pode captar tudo ao seu redor numa única imagem. Pode também jogar com a escala: os objectos mais próximos da câmara aparecerão muito maiores em relação àqueles que se encontram mais distantes.
Distâncias focais mais longas mostram uma secção muito mais diminuta do plano de fundo. Isto não só torna mais fácil a composição de um registo mais "limpo" - um pequeno movimento da objectiva é tudo quanto precisa para encontrar uma parte mais apelativa da cena -, como ainda amplia o plano de fundo. Pode então fazer-se valer deste promenor para captar edifícios distantes, montanhas ou até mesmo para fazer com que a lua pareça muito maior que os elementos do primeiro plano. Neste caso, o trade-off passa por ter de fotografar a partir de uma distância maior para conseguir incluir ambos no mesmo disparo.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Mirrorless ou DSLR?

Câmara mirrorless ou DSLR? A escolha, certamente, não é fácil, especialmente se você é um fotógrafo amador, com a ambição de transformar a fotografia digital a partir de um hobby em algo mais avançado. As DSLRs são certamente o ponto de referência para a fotografia profissional desde 1950, e não mostram sinais de afrouxar a sua forte presença no mercado. Ao mesmo tempo, as câmaras mirrorless, as primeiras rivais reais para o DSLR, a nível profissional, estão a mostrar, melhorias a cada mês e novos modelos estão constantemente a ser lançados.Se você é apaixonado por boa fotografia, mas não tem certeza de qual câmara deve comprar, leia e descubra as vantagens e desvantagens desses dois tipos de câmaras, e qual o seu público-alvo. Espero que, desta forma, você seja capaz de resolver o dilema, DSLR ou MIRRORLESS.

Que câmara deve escolher um iniciante?

Muitos fotógrafos iniciantes iniciam a aprendizagem fotográfica a tirar fotos aleatórias dos seus amigos, família e viaja com uma câmara básica compacta ou smartphone. No entanto, quando um amador começa a pensar mais seriamente sobre a fotografia, ele ou ela deve escolher um de dois caminhos - a DSLR de nível de entrada ou uma câmara mirrorless. Se o seu desejo é o de tirar fotos de alta qualidade durante a caminhada pela cidade ou em férias, a câmara mirrorless ganha vantagem, considerando o seu tamanho compacto e construção leve. Se, no entanto, você tem a ambição de se tornar um fotógrafo profissional, o seu caminho vai cruzar-se com uma DSLR antes ou depois. Isso ocorre porque as câmaras mirrorless, como existem hoje, não se comportam como DSLRs digitais, em termos de velocidade, como você verá mais a frente. (É claro que isso não significa que as mirrorless não melhorem no futuro. De fato, com certeza que isso vai acontecer.)

Pode uma câmara mirrorless substituir uma DSLR para a fotografia profissional?

Para os fotógrafos profissionais, a questão não é: "Eu tenho que escolher", ou  "eu tenho que usar ambos ou apenas um DSLR". Os profissionais vão achar que é difícil desistir da seu fiel DSLR, pelo menos no futuro próximo, e há uma série de razões para isso acontecer, profissionais, que trabalham em , casamentos, notícias e fotógrafos de desporto, muitas vezes precisam fotografar em circunstâncias difíceis que envolvem objetos em movimento rápidos. Pense num buquê a voar no ar ou num carro de corrida a passar a alta velocidade, e você saberá o que quero dizer. Para fotos de ação, é essencial que a câmara possua um sistema de focagem automática profissional com rapidez e precisão, e zero atraso do obturador, dois elementos que a maioria das câmaras mirrorless ainda não têm. Em locais escuros, como museus, igrejas e salas de conferências, a velocidade torna-se ainda mais difícil se o autofocus é pobre, com uma DSLR a probabilidade de ter sucesso na captação da imagem é bem maior, as DSLR dão aos profissionais muito mais liberdade para trabalhar com o funcionamento interno da câmara. Com esses controles manuais, o resultado de todas as fotos que você tirar é (quase) 100% controlado pelo fotógrafo. Como pode constatar a questão não é se as mirrorless podem substituir as DSLR a nível profissional. O debate real é se os profissionais devem usar as câmaras para complementar com a sua DSLR.

Em conclusão

Em resumo, enquanto as câmaras mirrorless e de entrada DSLR estão em concorrência directa para o mercado amador, são tudo menos rivais no mundo da fotografia profissional. Em vez disso, eles são ferramentas complementares que devem ser usadas ​​de acordo com a situação dada. Normalmente, isso vai significar usar DSLR para atribuições profissionais e câmaras mirrorless para passeios casuais, fotografia de rua e viagem. Antes de comprar, você precisa entender onde você se situa no mundo da fotografia. Você está feliz em manter a foto como hobbie na sua vida, ou a fotografia pode ser a sua grande paixão?

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

RAW VS JPEG

Quando tiramos uma fotografia, o sensor da nossa máquina capta a informação vista pela lente, dependendo das capacidades da máquina e da forma como está configurada essa informação pode ter vários destinos, ou é salva em bruto sem qualquer processamento num ficheiro RAW ou é processada, convertida e comprimida para outro formato dando como exemplo o conhecido JPG.


FORMATO RAW
O formato RAW é conhecido como o negativo digital, ou seja, contém toda a informação captada pelo sensor da nossa máquina pixel a pixel sem qualquer tipo de processamento ou compressão, não podendo por isso ser utilizado como imagem.
Cada marca tem o seu próprio formato e extensão para o seu ficheiro RAW, como por exemplo a Nikon que utiliza a extensão *.nef e a Canon *.crw.
Por consequência, conhecem melhor que ninguém as suas características, por isso, aconselho vivamente a utilizarem o software da marca para fazerem os ajustes básicos ( Balanço de Brancos, Tons, etc.) e depois processarem a imagem para um ficheiro sem compressão ( *.tiff, por exemplo) de forma a tirarem mais partido da imagem e aprofundarem mais a edição no nosso software favorito.


Praia da Ribeira do Cavalo


Baixa Lisboeta